NAVEGANTE
- Marcio Knop
- 23 de out.
- 1 min de leitura
Há o indefinível ondulante oceano...

Há a naufragável nave a navegar...
Há um motor, potente força a impulsionar...
Há o leme para o rumo da quilha...
Há o mastro, a vela e a gávea...
Há os perecíveis grumetes, marinheiros na proa...
Há um horripilante tempestuoso mar...
Há uma nau à deriva... noite e dia...
Há os sonolentos cegos tripulantes...
Há ondas lavando o convés...
Há águas invadindo os porões...
Há intrépidos infatigáveis navegadores...
Há náuticas cartas de inestimáveis teores...
Há planetas, astros e estrelas-guias...
Há o oscilante instável naufragante...
Há os incompetentes uniláteros almirantes...
Há os inconsequentes pluriestáticos passageiros...
Que o aportar não vislumbram...
No cais paradisíaco do além sensível horizonte...
Comentários