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Pérolas e Porcos

Muitos porcos não têm nenhuma pérola

Poucos porcos detêm todas as pérolas

As muitas verdadeiras pérolas trancafiam-nas

Frias decadentes torres...

Intrincados baús de sinistro egoísmo...

Outros, poucas escolhem e sob altivo manto

Aos muitos permitem lhes confeccionar reluzentes colares

E sob irônico benevolente jugo os submetem

E ornamentam porcos pescoços com as emporcalhadas pérolas

Às noites, sob as sete chaves das aferrolhadas grades

Sob a proteção de espadas de mil olhos acordados

Exibem-se vaidosos em enlameadas masmorras

E sob nebulosos archotes ofuscados por falsos brilhos

Grunem, fuçam e rolam na fétida lama

Na pecaminosa luz, todos, poucos e muitos, enlameados

Cobiçosamente espreitam-se e confundem-se muitas vezes

E, mil vezes, as candentes pérolas cadentes corrompem...

Mil fuçantes porcos enrolam mais o sinuoso rabo

E continuam caminhando cambaleantes...

Melindrados... Se esfregam... Se arrastam...

Fissuras na fuçada lama...

Acaso do ocaso...

Gerações loucas...

Luzes foscas...

Madrugadas frias...

Arbítrios vazios...

Verdades ôcas...

Trelissas de pó...

 
 
 

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